Biorresíduos

Ecoponto Biorresíduos
Ecoponto Biorresíduos
Arte Urbana - Lontra
Arte Urbana - Lontra
Compostagem em IPSS
Compostagem em IPSS
Compostagem em Escola
Compostagem em Escola
O Munícipio de Soure neste âmbito tem dois projetos implementados: Projeto piloto de Compostagem destinado às IPSS e Escolas do Concelho e o Sistema Municipal de Recolha de Biorresíduos destinado a toda a população em geral.

Sistema Municipal de Recolha de Biorresíduos

No âmbito do Projeto “Sistema Municipal de Recolha de Biorresíduos”, o Município de Soure realizou ações de sensibilização nas 10 freguesias do Concelho, tendo como objetivo esclarecer questões relacionadas com a separação de resíduos e fomentar o aumento da reciclagem por parte das populações.

Esta iniciativa surge na sequência da distribuição dos novos ecopontos, destinados à deposição de biorresíduos (resíduos orgânicos), e que já se encontram a ser instalados em todo o território concelhio, conforme localização indicada pelas respetivas Juntas de Freguesia.

Nestes novos equipamentos, que podem ser identificados pela cor castanha, podem ser colocados restos de comida (crua, cozinhada ou fora da validade) e resíduos provenientes da limpeza de terrenos/jardins (como relva, folhas e galhos).

Para fazer a separação, basta colocar os resíduos bem acondicionados, dentro de um saco, no ecoponto.

A implementação desta nova medida resulta de uma candidatura ao Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR), cofinanciado no âmbito do Programa Portugal 2020, através da qual o Município procura antever e dar cumprimento à obrigatoriedade nacional de implementação da recolha seletiva de biorresíduos, que será imposta até ao final do ano 2023.

 

Entretanto iremos disponibilizar a localização de todos os ecopontos destinados para a colocação deste tipo de resíduos.

Obra de Arte Urbana 

A recriação de uma Lontra é a nova obra de arte urbana do Concelho, que se encontra numa das paredes junto ao Rio Anços, no Parque dos Bacelos.
Esta peça, cofinanciada pelo Centro 2020, resulta de uma das ações previstas no âmbito da Candidatura Sistema Municipal de Recolha de Biorresíduos, aprovada pelo POSEUR.
Esta iniciativa pretende sensibilizar a comunidade para a preservação do meio ambiente, nomeadamente para combate à deposição indevida de lixo na via pública e saneamento, como beatas, plásticos, pastilhas, palhinhas, entre outros, e que acabam nos espaços aquíferos, com grande impacto na biodiversidade.
A escolha da imagem Lontra advém do aparecimento deste animal nas águas de Soure, que já se verificou em tempos, sendo na altura sinónimo da qualidade ambiental da água, fauna e flora existentes. A obra é da autoria do artista Bruno Costa, que na sua construção utilizou lixo recolhido no chão e em praias.
 
 
 

 

Projeto-Piloto de Compostagem

A compostagem é o conjunto de técnicas aplicadas para estimular a decomposição de materiais orgânicos por organismos heterótrofos aeróbios, com a finalidade de obter, no menor tempo possível, um material estável, rico em substâncias húmicas e nutrientes minerais. O composto que resulta deste processo pode ser aplicado novamente nos jardins e quintais das instituições, com vantagens ambientais e económicas, uma vez que dispensam a aquisição de fertilizantes químicos.

Embora os fertilizantes minerais (químicos) sejam mais difundidos, mais fáceis de adquirir, transportar, armazenar e distribuir mecanicamente no solo, não significa que sejam perfeitos. O seu principal atributo, a solubilidade, por duas razões, nem sempre é vantajoso: 
 
  1. Doses excessivas de sais solúveis podem intoxicar as plantas, além de salinizar e acidificar os solos;
  2. Os vegetais não absorvem os nutrientes apenas por estes ocorrerem em abundância. Existem peculiaridades na absorção de cada elemento, tais como: pH, presença de antagónicos, espécie iónica, teor nas células, temperatura, aeração, nível de CO2, etc. Isto significa que o nutriente deve estar no lugar certo, em quantidade adequada e no momento mais propício para ser aproveitado.
 
A compostagem doméstica é um processo que não requer conhecimentos técnicos, é simples, é economicamente e ecologicamente sustentável, uma vez que implica a redução dos resíduos domésticos a enviar para o aterro sanitário. Através da sua transformação num composto fertilizante que pode ser usado como nutriente e corretivo do solo nos jardins, hortas e quintais, bem como, em vasos e floreiras, não estando este processo confinado a todas as pessoas que têm a sua vida compartimentada em espaços urbanos, com o jardim reduzido a uns vasos e a umas floreiras na varanda ou mesmo em casa.
 
Assim, se justifica que a utilização de composto promove, no solo, melhores condições físicas, químicas e biológicas para o aproveitamento dos nutrientes, para além de ser uma alternativa mais económica do que a aquisição de fertilizantes químicos. 
 
Desta forma, o município consegue diminuir os Resíduos Urbanos (RU) colocados em aterro, nomeadamente de Resíduos Urbanos Biodegradáveis (RUB), e paralelamente aumenta a preparação para reutilização e prevenir a produção e perigosidade dos RU colocados em aterro, incentivando a uma abordagem em termos de economia circular. Promove-se assim a consolidação da hierarquia de gestão, a valorização dos resíduos, o aumento significativo da reciclagem e a eliminação progressiva da deposição direta em aterro, nomeadamente de RUB. 
 
O município de Soure com as ações previstas irá contribuir para a meta nacional, na medida em que a realização de métodos como a compostagem leva a que sejam depositados cada vez menos RUB em aterro, e se utilize esses resíduos de forma a constituir matéria orgânica que pode ser aplicado em terrenos agrícolas como fertilizante. 
O envolvimento dos consumidores, enquanto produtores de RU, através de ações de educação e sensibilização ambiental que sejam conducentes a alterações de atitudes e comportamentos, é um fator chave para, entre outros, alcançar os objetivos relacionados com a gestão sustentável dos resíduos. 
 
Reciclar matéria orgânica significa transformar um resíduo, através de um processo designado por COMPOSTAGEM, em composto. Este composto promove a estrutura dos solos e possibilita uma agricultura biológica, pois torna-se dispensável o uso de pesticidas e herbicidas.


Que tipos de matéria orgânica se pode reciclar:

  • Restos de comida, vegetais, fruta fresca (p.e. cascas) e restos de plantas verdes;
  • Ramos, folhas, flores e plantas secas, madeira triturada e palha.


Materiais que não devem ser considerados na compostagem:

  • Alimentos que atraiam animais como carne, peixe e ovos (excetuando as cascas);
  • Matéria orgânica com gorduras (como comida cozinhada) e lacticínios;
  • Materiais que sejam propícios à disseminação de organismos, como por exemplo dejetos de animais;
  • Cinzas de carvão mineral, beatas de cigarros e materiais não orgânicos.


Procedimento da compostagem:

  • Colocar o compostor num local ventilado, que possibilite alternância entre períodos de sol e sombra, como por exemplo debaixo de uma arvore e que permita uma boa drenagem;
  • Alternar as camadas dos diferentes resíduos nas proporções certas, ou seja, cerca de 50% de materiais “verdes” e cerca de 50% de materiais “castanhos”, de forma a obter uma boa relação carbono/azoto que resulte num composto equilibrado;
  • Regar e revolver semanalmente de forma a permitir o correto arejamento da pilha de resíduos e com nível de humidade adequado, possível de identificar com o “teste da esponja”, não estando seco nem a escorrer água quando apertado na mão;
  • Quando não se identificarem praticamente resíduos por decompor e se observar aspeto de terra e cheiro a húmus, o composto está pronto. Nesta fase e antes da sua aplicação, deve deixar-se secar ao ar.

Ilustração representativa das etapas da preparação e desenvolvimento do processo de compostagem

 

 

Vermicompostagem


A vermicompostagem é uma técnica de compostagem cuja degradação dos resíduos orgânicos é facilitada pela ação de minhocas. Esta é uma excelente opção para quem vive em apartamentos ou não tem um quintal, uma vez que necessita de muito pouco espaço.

O processo consiste na preparação de uma caixa com pequenas perfurações, onde são colocadas tiras de jornal ligeiramente humedecidas (a chamada “cama”). Junta-se alguma terra, cerca de 300gr de minhocas e os resíduos orgânicos – restos de comida (não cozinhada).

Deve remexer-se ocasionalmente, voltar a introduzir novas tiras de jornal e adicionar comida.

O composto pode ser aplicado em hortas e jardins na proporção de cerca de 5 a 6 kg de composto por metro quadrado. Quando aplicado em vasos pode misturar-se metade da quantidade necessária de composto e metade de terra.

A reciclagem de matéria orgânica permite o reaproveitamento dos resíduos orgânicos, diminuição da deposição em aterro e a consequente diminuição da poluição do ambiente e da ocupação de espaço. Tratando-se de compostagem doméstica verifica-se a minimização de gastos e emissões com transporte de resíduos.

 

Anexos